Reabertura dos serviços federais após 35 dias da mais longa paralisação da história norte-americana
O presidente Donald Trump assinou na noite desta sexta-feira (25) a lei que prevê o financiamento de parte das agências federais até 15 de fevereiro, e que interrompe pelas próximas três semanas a paralisação parcial do governo dos Estados Unidos.
A lei põe finaliza, pelo menos por enquanto, ao “shutdown” e reabre os serviços federais após 35 dias da mais longa paralisação da história norte-americana. No acordo com congressistas para a interrupção temporária, Trump deixou de fora o dinheiro para financiar obras do muro na fronteira com o México, ponto que causou o impasse entre governo e oposição e culminou no “shutdown”. Pouco depois do anúncio do presidente, o Congresso aprovou a medida. No fim da noite, o presidente assinou o documento, e o governo foi reaberto.
A medida foi celebrada como uma vitória para o Partido Democrata, de oposição a Trump. “Esperamos que Trump tenha aprendido a lição”, disse o líder do partido no Senado, Chuck Schumer.
Isso porque o presidente estava inflexível sobre o orçamento de cerca de US$ 5,7 milhões destinados a obra para o muro na fronteira com o México, rejeitado em dezembro pelo Congresso – o que levou ao chamado “shutdown”.
No entanto, Trump continua a fazer questão de uma barreira física na fronteira. Em discurso nesta sexta-feira, ele disse que “não precisaria” ser um muro de concreto em toda a extensão da fronteira. Trump disse, ainda, que “nunca propôs” esse tipo de barreira, e sim um “muro inteligente” – sem especificar de que forma essa cerca seria construída.
A presidente da Câmara dos Representantes e líder da maioria democrata, Nancy Pelosi, afirmou que vai procurar uma saída para o impasse sobre a fronteira com o México. Ela também comemorou a interrupção do “shutdown”, e disse que os servidores públicos vão voltar a receber o “mais rápido possível”. “Nós nos inspiramos na coragem dos trabalhadores norte-americanos”, disse.